quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Conheça o 'kiteroller'


No gramado do Parque Villa-Lobos, na zona oeste de São Paulo, o escultor Roberto Pádua, de 33 anos, chama a atenção praticando um esporte um tanto quanto inusitado. Batizado de kite roller, a modalidade consiste na combinação de patins com uma pipa de sete metros, geralmente utilizada para o kitesurf, esporte aquático praticado com uma prancha e uma pipa.


Com o vento, o manuseio do kite, preso em uma espécie de cinto, aumenta a velocidade do esportista e faz até com que ele passe alguns segundos fora do chão nas manobras. Pádua morou em Londres, na Inglaterra, por três anos e foi de lá que trouxe os equipamentos. Segundo ele, os patins utilizados não são os modelos vistos frequentemente nos parques, mas um acessório especial para terrenos irregulares, cujas rodas são de câmara de ar.

O escultor tem o equipamento já há 5 anos e, ainda na Europa, experimentou a junção das rodas com a pipa. Pádua conta que já descia alguns morros de grama nos parques da Inglaterra e pensou em utilizar a ajudinha do vento. Depois de ver alguns vídeos na internet, fez as adaptações necessárias e tomou gosto. Foi na cidade de São Paulo, contudo, que Pádua aperfeiçoou a prática. O escultor faz kiteroller de duas a três vezes por semana e diz que prefere os dias úteis.

Na última sexta-feira (3), a cada rajada de vento, o escultor aproveitava para percorrer o gramado das formas mais variadas. A reportagem presenciou uma manobra, na qual o escultor passou cerca de cinco segundos no ar. 'É uma adrenalina muito boa', garante.

Pádua diz que quando ele e o irmão, o corretor de imóveis Fernando Henrique de Pádua, de 34 anos, estão com a pipa e os patins é comum que sejam abordados por muitos curiosos. Além do parque, o escultor, quando pode, aproveita o espaço da areia da Praia do Gaivota, em Itanhaém, e da Praia Grande, ambas no litoral sul de São Paulo.

Para quem quer começar o esporte, Pádua, que já andava de patins desde criança, fala que primeiro é preciso aprender a manusear o kite, considerado por ele o mais difícil. Para isso, ele aconselha uma pipa sem tração de cerca de 1,4 metro. 'A pipa menor não puxa, é mais para brincar. É bem legal também.'




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